Ela não coloria as unhas há quase um mês, pois preferiu trabalhar nas suas coisas e deixar mais esse “trabalho” de lado, afinal as unhas sempre podem esperar.
Pensou em uma cor, não por causa do impacto visual, mas principalmente pela sensação.
Ela é a manicura de si mesma.
Após pintar as unhas de vermelho escolheu a roupa e os acessórios do dia e saiu para trabalhar.
Sentia-se melhor esta manhã.
O trabalho fluiu e atraiu muitos olhares dos outros. Chegou a hora do almoço, dirigiu seu carro até a casa.
Em uma das grandes curvas teve um pensamento quase que inconsciente: “coitados dos homens, pois nunca poderão sentir o que as mulheres sentem quando pintam as unhas de vermelho”.
Claro que os homens desprovidos de pré-conceito, os homossexuais adeptos dos traços femininos e por aí vai, são capazes de experimentar este sentimento.
Isto beira a poder, muito poder sobre todas as coisas e pessoas que estão ao redor.
É como descobrir a fórmula mágica de movimentar as mãos enquanto dirigi o corpo enquanto anda e boca ao falar, ou seja, conseguir o que sempre quis.
De moleca para mulher adulta e dona de si.
Ao mesmo tempo viva e envergonhada pelo vermelho.
Logo após o almoço esqueceu o vermelho e dedicou-se a vida daquele dia.
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